Decifra-me

Decifra-me

Eu vivo batendo cabeça

Nunca aprendo a andar devagar

Corro além, vôo alto, me atiro do alto,

De olhos fechados

Diga lá Deus

Quando vou ser velado

E não violado

Pelo medo

Que me arrebenta

E me arrebento sem parar

Eu traço caminhos, faço estradas que pulsam vida.

Mas nunca segui o juízo

E me perco no infinito

Que eu mesmo criei

Eu sou de alguém

Que nunca me entenderá

Mas quem sabe um ser

Fora desta carne

Me amará?

Todos os sentimentos do mundo

Eu mantenho vivo, enterro e renasço,

Sou livre do tempo,

Porém preso a mim mesmo.

Diga lá razão,

Minha doce inimiga

Pense em mim

Decifre-me

O que eu mesmo não sei

Enquanto isso...

Bato sem pudor,

Sem rancor

Jorro sangue

E emociono quando você grita

Diga lá coração!!!

23/02/2007

Daniel Pinheiro Lima Couto