O luxo da ideia

Escrever à mão

o luxo da ideia

não é moderno,

por isso digito,

grito verbo virtual.

Legal seria

se fosse eterno.

Nem sempre o terno,

sempiterno traje

perdido no ultraje

do esquecimento,

recusa cimento

que o fossilize,

nem pá de cal

que o tranque

em corpo inerte.

Diverte o verme

que lhe rói

a narina.

Afina,

carcome mais,

até transformar

em obra-prima

esquelética,

sem carne

e sem ética

essa imagética ruim.

E o fim da feiura

faz de ser pó.

Assombrado?

Pois fique calado,

parado de estátua

que te dou um aviso:

não te dou cavalo alado

quiçá conto açucarado

de contento e deleite.

Deite meu amigo,

seu umbigo evaporou,

só sobrou a memória

que te conta

esta história.

Felix Ventura
Enviado por Felix Ventura em 05/10/2012
Código do texto: T3917563
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