Convicção

Convicta estou de que

Há em mim um ser além do comum eu

Tento ensiná-lo e até o repreendo

E esse outro ser morando em mim

Me subjuga

Fico de parte a olhar sua autonomia

Não apenas na prosa

Ou na poesia

Mas em tudo o que falo e faço

Até quando me deito

E a mão de um homem

Dorme sobre meu peito

Sai aquele ser e pelas alturas voa

E o pensamento da que fica

Rodopia

E à outra não perdoa