Dobrar
Debruçado à janela
A sombra passa aos beijos
Na praça,
“Que lindo está o dia, minha
Senhora !”
E ela me olha, na vagareza
Do agora...
E ela masca fumo
E não responde, mas anda
De bengala em busca do amor...
Que está inscrito no andar
Ainda de lassidão...
Não reclame, menino!
Grita a seco uma voz
No paraíso, que de longe
Me lembra o tempo de menino
De longe, na estatura
De ser homem anjos
Voadores e dentes
Afiados falam todas
As letras do meu nome....