VERDADE

VERDADE

Abri aquele baú cor de bronze
Lá estavam as minhas inquietações
Apanhei-as mais que depressa
Pus-me a separar sonhos de ilusões
Achei até aquela rosa vermelha,
que me deste o ano passado
Estava despetalada e sem vida
Mas jamais esquecida
Achei também aquele livro de poemas,
com uma linda dedicatória
Ali morava a nossa vida,
e hoje passeia a nossa história
A tinta daquela carta
totalmente borrada,
fruto das lágrimas que verti,
em leitura emocionada
A nossa foto já estava até amarelando,
mas o tempo ali
não nos separou:
você continua me abraçando
E os sonhos, onde os teria guardado?
Em que canto daquele baú?
A procura parecia inútil,
até que de repente algo caiu ao chão
Inclinei-me para pegar e toquei meu coração
Ele palpitava alucinado
Parecia querer me falar
Dizia-me aos gritos:
os seus sonhos estão aqui
Não procure mais por lá...


Obrigada querido poeta Rs t, por sua lindíssima interação,beijo!

INTERAÇÃO poeta Rs t

Posso imaginar até como foi....
Bau que fazia parte da nossa aliança....
Separastes sonhos de ilusões. E depois !
O que pesou foi os sonhos na balança....
As ilusões não faziam nenhuma diferença
Isso foi o que supus e fiz de crença....
Tinha certeza que a rosa vermelha irias guardar
Mesmo que viesse a se despetalar
E descolorada viesse a ficar.....
Quanto ao livro de poemas.....
Sei que em cada linha
Sempre se cruzaram
Numa linda interseção
E até aí a trajetória
De uma dedicatória
E muita história
Que talvez um dia...
Em rabiscos ou poesia
Venham ser contadas....
Sei também que parte
Desta carta amareleda
Por lágrimas borradas
Faz parte da nossa vida
Ora sendo desfiada e recordada....
Nossas vidas sempre deixaram pegadas...
E borrachas não apagaram
As pegadas deixadas no chão...
Que ao ler a tua poesia
A luz da verdade e do dia .....
Faz meu coração
Transbordar de emoção...
 


Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 04/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
Código do texto: T3915160
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