AINDA.

Ainda que a lua curva

Com suas pontas afiadas

Ceifasse o mal arraigado

No coração do planeta...

Ainda que os oceanos

Em louca fúria assassina

Inundassem em desatino

O solo já tão ferido...

Ainda que o sol ardente

Lançasse raios mortais

Com consequências fatais

Em toda vida na terra

Iria prevalecer

A eternidade do vento

Beijando suavemente

O nada que restará.

Rosangela Martins
Enviado por Rosangela Martins em 04/10/2012
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