LIRÍSMO

Minha alma ainda vaga sobre a serra,

buscando a poesia lírica incrustada na solidão,

os meus pés tocando a terra, os olhos na imensidão.

Ao longe serpenteia a cobra de ferro sorrateira,

um místico império se ergue em terra estrangeira.

Migalhas de um tesouro tangem a alma,

e o povo se aquieta, tudo acalma.

A poesia brada no vazio sombrio da amplidão,

e corre sem rumo e sem direção.

Toda a arte desnorteia na descrença,

e vai burlando os jardins da indiferença.

Mas na praça os artistas mandam ver,

seguem unidos na esperança de vencer.

A arte resistindo impregnada,

vai deixando rastros pela estrada.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 03/10/2012
Código do texto: T3913985
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