CARÊNCIA
Às vezes a gente ama
E acha que está sendo amada
Às vezes a gente reclama
Ou então fica calada
Num pensamento atordoado
Por um instante a gente
Sai do sonho tão desejado
E cai na realidade existente
Logo percebe a verdade
Que nem mesmo naquele poema
Feito com a maior veracidade
Nada foi levado a sério. Que pena!
Todas as declarações melosas
Foram apenas palavras ao vento
E a gente se pergunta amorosa
Vale a pena tê-lo no pensamento?
Mais o corpo quer ser abraçado
E pede pra não ficar mais sozinho
A boca anseia um beijo demorado
A alma suspira por falta de carinho.