ROUPAS NO VARAL

Sem preenchimentos

Sem movimentos

As lágrimas das roupas

Que choravam estendidas

Naquele velho barbante...

Soltas presas pelos pregadores

Desprendiam águas e odores

Preenchidas de nada

Como cubas sem gelo

Como vaso sem flores

Sem caminhos de volta

Lágrimas secam

Como saudades ao vento...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 02/10/2012
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