O caminho
Intrépido coração que bate
as mornas horas do dia só
pelos portões escapam as aves
e pelo o chão um branco pó.
Nas nuvens brota o céu profundo
gigante arqueiro matinal
eu fujo só pelos janeiros
refulge o vermelho do madrigal.
Estreita ponte na corredeira
pelas trincheiras descomunais
mata o passado, a feiticeira
esconde a morte, o pai boçal.
Mas quando volta da longa estrada
carpido o mato, varrido o chão
quebra no peito a atiradeira
esconde o rosto por entre as mãos.