TU ÉS O MEU SOL

Tu és o meu sol dentro do céu escondido

Por detrás das nuvens em cores cinzentas,

Deixando doente esse coração muito ferido

Entregue às sequelas das estradas barrentas.

Tu és hoje o meu sol que tão pouco ilumina

As beiradas do caminho por onde ainda ando,

Procurando a imensa sombra que me confina

No esconderijo do sol que continuo amando.

Rasgados estão minhas vestes de tanto arrastar

Por aí, em busca de teus raios, hoje tão frios.

O caminho é longo, mas, mais longo é esse basta.

A boca da vida berra e me sacode todos os brios.

Dou a minha mão a vivência onde a palmatória

Espera para castigar-me no tempo, se possível

Levando de vez todas essas páginas cuja história

Tornou-se real, desencantada, dolorosa e incrível.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 30/09/2012
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