Florescer de Lágrimas

Manchas no fundo, negras,

Negras, entram pelos lábios

Descem à garganta, Pregas

E silêncio, soluçar cálido.

Na vastidão do escuro d'alma

Um sentimento o engole

E traga, e é calma

E é uma dor, não morre.

Como uma tempestade, raios

Nascem dos olhos futigados

E como denuncia, fardos

Olhos de ódio, amedrontados.

É ódio o amor ao medo

E no fundo é a canção

No fundo dele, há segredo

O sofrer é o coração.

E quando já está sem o poder

Pendem e caem, o florescer de lágrimas

Um perfurar de rancor, um sofrer

Pedem e caem, doce canto de lástimas.

E depois é o virar de rosto

Sem mostrar qualquer marca

Como se não houvesse desgosto

Face sorri e o peito lasca.

E o orgulho cria um tufão

Há ventania sem alguma chuva

Há tempestade sem algum trovão

E não há dor, por que não há rancor

E não há pranto sem consumação.

E quando já está sem o poder

Pendem e caem, o florescer de lágrimas

Um perfurar de rancor, um sofrer

Pedem e caem, doce canto de lástimas.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 30/09/2012
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