VAGUEIO À SORTE!
Vagueio à sorte, pl`o mar da clausura
Alheio ao teu mundo, onde o sol perdura
E caminho errante, em busca de ti.
Encontro os degraus, por onde devo escalar
Na esp`rança eterna para me entregar
E entrançar-me em teu corpo…que não esqueci!
Vagueio sem rumo, sem nada já ter
E é tão-somente o frio, que me faz tremer
O meu agasalho na noite sem fim.
Ficarei pensando que o dia já esquece
De trazer a luz, essa que me aquece
E logo pergunto:- O que será de mim?
Vaguei, transeunte, como barco sem rota
Que no amanhecer, o brilho não brota
Nem traz alegria para o meu olhar.
Volto a esconder-me naquela casinha
Que quero que seja, simplesmente minha
Onde eu fico à espera…para o Amor entrar!