Aliquam lilium...
Por deus! é verdade
Não há culpa, nem receio
Só esse peito de carne aberta
E como um tambor no lado esquerdo
TUM-TUM TUM-TUM...
A bater, consagrado, conformado
Tão calmo e fadado
Sem tormenta nem lamúria
Nessa mente festiva...
Por deus! É verdade
São só olhos, são tão claros
Tão puros, verdadeiros
Como bolas de vidro fino
Que guardo no fundo da mente
Escancarada como porta
Aberta como ferida que não quer cicatrizar...
Por deus! É verdade
Não diga que não
Não tire suas mãos incrustadas nessa alma
Ou ela vaga, ou ela vagará...
Ou ela firma e crava os pés
Ou cria raízes...
Criar raízes em você.
E quando eu der de ombros
Rejeitando o mundo às nossas costas
Você foca suas forças em mim
E eu te arrasto pra longe de tudo
Levando junto nossas raízes andantes.