Mulher
Quem criou este ser
Com o coração maior que o mundo?
Por mais que os outros o achem pequeno
Parece ser um poço infinito
Tão meiga, tão inocente
Acaba sendo iludida demasiadamente
O amor vem, mas vai embora
E dá lugar ao sofrido pranto
Só ela realmente sabe a dor
De perder alguém de suas entranhas
Carregou dentro de si um ser
Que juntos formavam um só
Sois rosa que deve ser regada
Por poucos que ainda lhe amam
E tal flor deve ser cultivada
Pra chegada da primavera
Quando preciso eu venho a ti
Para buscar abrigo, um colo quente
Teu acalanto é o que mais quero
Sem ele me sinto um cordeiro
Teu perdão é algo celestial
Que acabo ficando confuso
És um anjo vivente aqui na terra
Ou és a própria divindade?