Mulher

Quem criou este ser

Com o coração maior que o mundo?

Por mais que os outros o achem pequeno

Parece ser um poço infinito

Tão meiga, tão inocente

Acaba sendo iludida demasiadamente

O amor vem, mas vai embora

E dá lugar ao sofrido pranto

Só ela realmente sabe a dor

De perder alguém de suas entranhas

Carregou dentro de si um ser

Que juntos formavam um só

Sois rosa que deve ser regada

Por poucos que ainda lhe amam

E tal flor deve ser cultivada

Pra chegada da primavera

Quando preciso eu venho a ti

Para buscar abrigo, um colo quente

Teu acalanto é o que mais quero

Sem ele me sinto um cordeiro

Teu perdão é algo celestial

Que acabo ficando confuso

És um anjo vivente aqui na terra

Ou és a própria divindade?

Magalhães da Silva
Enviado por Magalhães da Silva em 28/09/2012
Código do texto: T3906412
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