QUE SAUDADE DO TREM, SÔ!
Já viajei muito de trem
De Maria-Fumaça chamada
A máquina puxando vagões
Tendo trilhos como estrada
Me lembro de todos os sons
Me lembro do cheiro até
Da lenha sendo queimada
E de homem vendendo café
Embalado pelo doce balanço
Acordava com um grito: o apito
Nas chegadas às estações
Cheias de gente e de agito
Agora não viajo mais
O progresso levou o meu trem!
Mas ainda tenho uma esperança
Ah! Já sei! Eu vou pedir pra Alguém
Eu vou pedir para o meu Deus
Pra fazer um trem bem bonito
E que nele eu possa viajar
Quando eu for para o Infinito.