Guerra ou paz
Aguardo o dia de voltar para casa
Bom será quando nos virmos novamente
Cartas amassadas guardadas em minha mochila
Dando-me forças para suportar o amanhã
Entrar em combate e tentar sobreviver
Fantasmas reais que assombram minha mente
Guerra insana sem glória ou vitória
Honra perdida no rastro das balas
Inimigos abatidos, amigos feridos
Julgamento e sentença no apertar do gatilho
Luto mais para não enlouquecer do que para vencer
Momentos que vivo, os quais desejo esquecer
Nem medo, nem coragem, somente desilusão
O que defendo em cada trincheira?
Paz, governantes, um ideal, uma bandeira?
Queria esquecer que estou aqui no front
Rumar de volta aos meus sonhos perdidos
Sair desta guerra, mas não das batalhas
Travo confrontos com minha consciência
Um momento se passa e vejo o inimigo
Vitória ou derrota, nada disso mais importa
Xeque mate, ou morra, decisões de segundos
Zerou a contagem, bem vindo ao inferno.