Além*
deslizo pelas letras inscritas no céu
sou-te mar, entre réstias de um sol peregrino
pois te serei breve- tenho certeza-
como a flor que nasce, cresce, murcha e desaparece
teu olhar vagará entre arricefes, corais e ondas
na eminência do sentir pele, olhar e canto
na eminência do sentir pele, olhar e canto
sei-me para além
além da eternidade
como verso inscrito na pedra
na retina do olho que te sonha
palavra, beijo e saudade
além da eternidade
como verso inscrito na pedra
na retina do olho que te sonha
palavra, beijo e saudade
a terra pariu as flores
e nesse revolver-se poemas e sonhos
sei-me pó, poeira de letras
que sem rumo vagueiam
na eternidade de um olhar
sem dono, sem terra, sem pouso
e nesse revolver-se poemas e sonhos
sei-me pó, poeira de letras
que sem rumo vagueiam
na eternidade de um olhar
sem dono, sem terra, sem pouso
sei-me nada
e na insignificância de ser-me
amo-te além
aguardo-te além
despeço-me além.
e na insignificância de ser-me
amo-te além
aguardo-te além
despeço-me além.
K