O que fazemos no campo de batalha
                                      ecoa pela eternidade...


Simplesmente...não farei isso,
e a minha vontade é imensa
de mandar tudo para o lixo...
mas a ordem está suspensa..!

cabe ao vento,levar a ventania
cabe ao tempo,levar minha alegria
mas eu fiz o que não se devia...
e simplesmente..foi covardia..


e o Guerreiro perdeu o horário
e se perdeu no campo solitário
entre sombras e sonhos vários
e de repente,caiu no conto-do-Vigário..!


e o que lhe resta senão isso ?
pois o Guerreiro ainda espera
que dos estrumes e do lixo
nasça em si ... outra fera..

cabe ao vento, levar a ventania...
cabe ao tempo,levar minha alegria
pois o Guerreiro ainda sonha
morrer de forma bem estranha..


morrer na hora do louco combate !
no meio de suas entranhas e o vate
a escrever belos versos solitários
 glórias e honra a seus adversários...


simplesmente...não farei isso,
pois morrerei de qualquer jeito
e minha mortalha será o lixo
meu túmulo quase perfeito..!


que se dane..ilusória batalha..!
o Guerreiro não perdeu a esperança..
mesmo sendo um perfeito canalha..
com a lança em punho, Ele avança...


cabe ao vento, lavar minhas feridas!
cabe ao tempo, levar minhas vidas!
o Guerreiro teceu a sua mortalha
e assim ganhou esta batalha...


uma louca batalha que não houve!
um silêncio louco que ninguém ouve!
mas quem poderá dizer ou saber...
se o Guerreiro deseja apenas morrer..!


(gravura wikipédia/o gladiador)





Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 26/09/2012
Código do texto: T3902058
Classificação de conteúdo: seguro