Poema 0018 - Mar... eu e você
Quando você for lua, quero ser o espelho dos seus brilhos;
no amanhecer, quando for sol, serei seu horizonte;
preciso do seu rosto entre minhas mãos,
a boca com gosto de beijo, a língua molhada da sua saliva,
enquanto a tarde desliza até que desapareça na noite.
Posso ser onda, água, areia, sal...
Sou mar por onde seu corpo navega,
o suor que brota entre milhares de desejos e loucuras,
tenho ondas revoltas quando tenho seu abraço;
sou areia, quando meus olhos não lhe encontram.
Quando sonho, às vezes, sou tempestade,
até sentir seu corpo arrepiar com meu carinho,
sou água, calma, terna, massageando devagar,
até que seus olhos brilhem de tesão,
quando, em um vai-e-vem, fazemos amor.
Seja então o mar, para que eu navegue sobre seu corpo,
visitarei suas dobras, seus segredos, suas curvas,
vou deslizar por sua pele, surfar em seus líquidos,
espalhar suores até que que nossos cheiros se misturem,
excitaremos com o perfume do sexo, até que lhe tomo inteira.
23/10/2004