A CURVA
No caminho, encontrei uma longa curva
que me despejou do seu destino.
Perdi o que pulsava,
que me acomodava no seu jeito,
seus pés viajantes...
Por isso, andava agora apressado.
A curva interminável desfez-nos.
Caminhava de lado,
sempre o mesmo lado.
Só havia um lado...
que eu partia sem saber,
das suas costas,
o outro lado meu,
obscuro.
Entendia agora ,
que a curva nem sempre alimenta o caminho,
as vezes nutre o labirinto,
destinos dos pés doentes.
Grávido de dor,
paria as lágrimas do dia,
Vencia o caminho,
das minhas lágrimas tardias.