PALMARES

Mais de três milhões e meio de negros

Entre Bantos e Sudaneses

Por quase três mil e quinhentos meses

Para o Brasil foram trazidos

Nos mercados de escravos vendidos

Para trabalharem sob o chicote

Morriam novos e “fracotes”

De tanto terem sofrido

Desobedecia, era açoitado

Ou queimado com ferro em brasa

Era esta a lei da casa

E quem dava era o coronel

Mas os negros tinham fé

Que um dia seriam livres

E este pensamento incrível

Lhes conservava de pé

O sofrimento era intenso

E os castigos demasiados

Mesmo assim os negros, coitados

Sonhavam com a liberdade

Mas a cruel realidade

Era a vivencia sofrida

Que dava fim em suas vidas

Antes dos trinta anos de idade

Mas se é para viver sofrendo

Então é melhor morrer

Pois não á graça em viver

Judiado e sem vontade

E foi esta a realidade

Que fez o negro ir fugindo

E aos poucos ir se reunindo

E formando comunidades

E aos poucos surgiram muitas

Comunidades de escravos

Que eram livres e bravos

Como as ondas dos mares

E das comunidades maiores

Se destacou,brava e gigante A mais famosa e importante

O (Quilombo dos Palmares)

Pois o Quilombo dos Palmares

Resistiu muitos ataques

E antes do grande baque

Que iria lhe destruir

Ele conseguiu resistir

Por sessenta e cinco anos

Na coragem dos africanos

Comandados por Zumbi

E nos sessenta e cinco anos

Que o Palmares agüentou

Nele chegou e se abrigou

Fugindo da escravidão

Da dor, e da judiação

Mais de vinte mil escravos

Que foram os negros mais bravos

Que já teve esta Nação

Zumbi foi o grande chefe

E pintou sua própria imagem

Com inteligência, coragem

E bravura em qualquer ação

Seus feitos foram à razão

Porque o Governo se irritou

Pois a sua fama se espalhou

Por uma vasta região

Então Domingos Jorge Velho

Violento e impiedoso

Foi o nome tenebroso

Que o Governo contratou

E uma tropa organizou

Para exterminar os escravos

Mas os negros foram bravos

E o Bandeirante fracassou

Então da força dos escravos

O Governo ficou sabendo

E outro fracasso temendo

Um grande exército fez

Mais de seis mil homens, desta vez

Atacaram bem equipados

E os negros foram massacrados

Em uma luta de quase um mês

Lutaram valentemente

Ate o fim da munição

Mas era tanta a pressão

Que o quilombo sucumbiu

E o Bandeirante destruiu

O lugar completamente

Mas Zumbi, milagrosamente

A escapar conseguiu

Fugiu então pelas matas

Com um grupo de companheiros

E só após dois anos inteiros

È que foram lhe pegar

Cortar sua cabeça, e espetar

Em um poste de praça, pra no tempo

Ficar aos negros, como exemplo

Aos que quisessem se rebelar

E ali tinha fim a vida

Tão heróica de Zumbi

Mas porem nascia ali

O Mártir da negra história

Que ocupa em nossa memória

Momentos de reflexões

Pois se escritas suas ações

Cobriam paginas de gloria

E infelizmente ate hoje

A raça negra é sofrida

È humilhada e ferida

Pelos seus próprios irmãos

Mas mesmo assim ensina lições

De como ser vitorioso

Pois um povo só é glorioso

Ao lutar por boas ações

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 25/09/2012
Código do texto: T3901002
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