Poema à amada
Minha amada,
Que maré há nos braços, perdida.
Em tua ausencia confronto-me a vida,
No sereno de minha alma calada;
No tumulto das preces, às pressas,
Eu grito teu nome, exaltado.
Sim, em meu âmago há um exagerado
Que se entrega em vao à alheias promessas...
Pois em toda palavra te amei,
Embora tu nao o soubesses..
Espero que em ti nasça os alicerces
Da nova paixao, que te amem como eu ousei.
E que em cada lugar q pises
Seja ali, para o teu corpo, um lar...
E que cresças e bem digas à esse lugar,
Sem jamais nascer, dos teus pés, raizes.
Que em uma esquina qualquer,
Sem querer, assim meio do nada,
Surjam rostos alegres beirando a madrugada.
A madrugada nua dos labios de uma mulher...
Pois eu estarei nos lábios dela
E nos outros... e nos outros... e nos outros.
E em todas me verás, quiçá aos poucos,
Minha pele branca e minha alma singela.