GOTA A GOTA
Vem o dia, chega fulgente,
Anunciando um novo fascículo!
O Sol abre os olhos do mundo,
E a humanidade escreve mais um capítulo
Da sua dramática história:
Um canto gracioso e, às vezes, plangente!
Vem a noite, chega mansa,
Apagando o céu risonho!
A Lua inspira o sono profundo,
E a humanidade reescreve em sonho
O que tomou assento na sua memória:
Um murmúrio renitente de esperança!
Assim o mundo cria e recria sua antologia
Na renovada finitude da vida, no dia a dia,
Matando um sonho, parindo outro,
E no gotejar do tempo
Minha poesia invento
Pouco a pouco!