A TONTA
Sinto-te,
mão nervosa,
correndo pesada em meus papéis vadios sobre a mesa,
riscando nomes, querendo rostos, clamando lembranças,
forçando-me cerrar meus olhos à realidade
que o coração me corta.
Deixo-me sair de mim mesma,
alma ansiosa escondida pelos cantos,
ouvindo vozes cochichando atrás da porta,
dizendo ao grafite entre meus dedos :
Vai !
Sai daí, Dona Poesia.
Essa mulher é louca ...
A letra que sai desse grafite
não se leva em conta,
pois são apenas alguns rabiscos tortos...
Sinto-te,
mão nervosa,
correndo pesada em meus papéis vadios sobre a mesa,
riscando nomes, querendo rostos, clamando lembranças,
forçando-me cerrar meus olhos à realidade
que o coração me corta.
Deixo-me sair de mim mesma,
alma ansiosa escondida pelos cantos,
ouvindo vozes cochichando atrás da porta,
dizendo ao grafite entre meus dedos :
Vai !
Sai daí, Dona Poesia.
Essa mulher é louca ...
A letra que sai desse grafite
não se leva em conta,
pois são apenas alguns rabiscos tortos...