A PREGUIÇA DO UNIVERSO
A PREGUIÇA DO UNIVERSO
Folhas caem com o vento
Chega a temporada de afetos
Feliz daquele que arfa
Está vivo no plasma do universo
Inflama em verborragia
Se curva á frente da pureza
Germina o sêmen do ócio
Exala um perfume de mato
Abre-se a porta para o dia
Bate com flor de veludo
A preguiça invade as mentes
Anda aos arrancos e morre só
(outubro/1988)