O SER; -UMA MISSÃO?
Como uma viagem ao deserto, de certo que existe confusão.
Começo passeando pela calçada, -Incerto,
Encontro passos, caminho, -Alinho,
Desenho estradas no pensamento, -Que vento!
Me perco castigado em suas moradas, -É nada.
E o que será por vez dessa curta calçada,
Que construí com tampas, saudade e solidão,
Onde parei no fim do que sei, estranha aptidão,
Num instante, me define, me exibe, me sussura; -É agora?
E deste daqui sigo, fingindo e perguntando,
Agonizando, me bato para certezas e plenitude,
Que de dor pretendo-me a ser do amor,
Deste dia, sou carente e bem crente. -Que missão.
Não tantos tantos sermões e agonias,
Fadado a ser imenso, eterno e sou pequeno.
Me sinto como a triste alegria do viver,
Que para ser, acorda para ser do instante.