SUPLÍCIO MILENAR
A cara da contemporaneidade
é ácida.
A linguagem poética
imprevisível.
Subjugamo-nos ao tempo
e sua linguagem.
Palavreamo-nos hora a hora.
É dessa maneira que compensamos
o real respirado.
Loquazes, sem fortalezas
supliciam-nos
de juros e moras.
Título cambial sem assinatura:
suplício aos que vêm ao mundo
sem culpas.
Horas e moras para pouco
entendimento.
Falácias de paz comprometida.
– Do livro O AMAR É FÓSFORO, 2012.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3897213