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Ainda há Tempo Para um Poema


No precipício do crepúsculo
Que oscula o final da tarde
Ainda há tempo para um poema,
Que em meu coração arde.

Ah, cricrilar suave e repetitivo
De pequeninos insetos notívagos,
Preguiçosos e adormecentes... adormecidos?
Dormentes!

Uma estrela e o veludo negro
Uma estrela, um uivo, um desejo,
Tudo corta o começo da noite
E eu daqui aproveito o ensejo

Para mais um poema,
Que nasce amarrotado,
Digno de pena...

*
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 23/09/2012
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