Ainda há Tempo Para um Poema
No precipício do crepúsculo
Que oscula o final da tarde
Ainda há tempo para um poema,
Que em meu coração arde.
Ah, cricrilar suave e repetitivo
De pequeninos insetos notívagos,
Preguiçosos e adormecentes... adormecidos?
Dormentes!
Uma estrela e o veludo negro
Uma estrela, um uivo, um desejo,
Tudo corta o começo da noite
E eu daqui aproveito o ensejo
Para mais um poema,
Que nasce amarrotado,
Digno de pena...
*