Cadáver n. 7
Sete dias sem dormir
Sete sonhos sem saber
Simples chagas sem chorar
Sete mortes ao viver
Sete palmos sob a terra
Na rua Sete, sem chover
Sete coveiros fizeram a festa
Cadáver grande!, Hoje tem!
Sem mesuras, a dona serve
Banquete ímpar, sempre a comer
Sacos, braços, mãos e pernas
Ao saciar-se, “Vou beber!’’
E dale bebida, sangue, sangria
Sete copos de cristal encher
E dale festa, riso, alegria
‘’Corpo roliço é o que nos convém!’’