Cadáver n. 7

Sete dias sem dormir

Sete sonhos sem saber

Simples chagas sem chorar

Sete mortes ao viver

Sete palmos sob a terra

Na rua Sete, sem chover

Sete coveiros fizeram a festa

Cadáver grande!, Hoje tem!

Sem mesuras, a dona serve

Banquete ímpar, sempre a comer

Sacos, braços, mãos e pernas

Ao saciar-se, “Vou beber!’’

E dale bebida, sangue, sangria

Sete copos de cristal encher

E dale festa, riso, alegria

‘’Corpo roliço é o que nos convém!’’

Isabella Narcizo
Enviado por Isabella Narcizo em 23/09/2012
Código do texto: T3896998
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