Talvez a gente nunca cresça...

Eu lia e me consumia nas frases

Nos versos, nas imagens...

Trazia outra vida, outra sentir...

Inóspida paisagens geladas

Ou o fogo de um vulcão de sol

E através do vidro sujo nas bordas

Pelas amontoar de imundo, árvores

E folhas secas dava o cansaço aqueles

Anos, como se o quintal fosse um dimensão

Sagrada, fecunda, triste e inacessível...

Mas nesse lugar eu era apenas criança

Como ainda o sou, apenas reflexão agora...

Creio que adulto é a criança que aprendeu

A pensar...

Talvez a gente nunca cresça...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 23/09/2012
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