Talvez a gente nunca cresça...
Eu lia e me consumia nas frases
Nos versos, nas imagens...
Trazia outra vida, outra sentir...
Inóspida paisagens geladas
Ou o fogo de um vulcão de sol
E através do vidro sujo nas bordas
Pelas amontoar de imundo, árvores
E folhas secas dava o cansaço aqueles
Anos, como se o quintal fosse um dimensão
Sagrada, fecunda, triste e inacessível...
Mas nesse lugar eu era apenas criança
Como ainda o sou, apenas reflexão agora...
Creio que adulto é a criança que aprendeu
A pensar...
Talvez a gente nunca cresça...