O espantalho
(www.pporto.blogspot.com.br - Patrícia Porto - Sobre Pétalas e Preces)
a solidão
feito velho catavento
catando a precisão do acerto,
mordendo os anos da espera pelo capim. Vivo?
Despedindo-se também lentamente
como quisesse guardar os últimos sons:
batidas do coração: num outro;
olhares de espelho...
Entrou na rua profunda. Espanto?
Notou no núcleo interno a imensidão do guindaste. Morto?
A nudez os aguardava, a ele e a todos - do outro lado -
o outro lado que é o mesmo lado moendo.
Passarinhos nos ombros.
Atirou-se do perfeito ao infinito: Livre?
Patrícia Porto