O AMOR NÃO TEM ROSTO
billy brasil - 20-09-2012 - quinta - pqi -sbc-sp
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Pensativo num banco de jardim,
parei para olhar uma senhora e uma criança.
Devia ter uns oitenta ou mais, sorriram para mim,
veio à mente: A experiência e a esperança.

Jogavam peteca, tempos que não via,
imaginei como é lindo vovó e netinha.
Peteca enrosca na árvore, a vez era minha,
subí, peguei, devolví, agradeceram me convidaram,
Sem jeito em aceitar e também recusar. Aceitei.
Riam com a forma tosca que eu corria para a peteca.
Entrei de vez no jogo, brincamos até a exaustão.
Abriram uma pequena cesta deram-me um lanche.
Conversamos, trocamos nomes e endereços.

Perguntei se era avó paterna ou materna.
Da menina? Não, a mãe dela vai trabalhar,
e a menina fica comigo, não tem vagas nas creches.
Acrescentei: Se dão tão bem, parecem parentes.
Basta conclui; um pouco de carinho pra gente amar.
Ah! se houvesse mais paciência com os idosos,
precisaríamos menos creches e asilos.
Apreciaríamos a vida com muito mais bom gosto.
Pois o amor não têm fórmulas e nem rosto.
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