Moinhos.

Moinhos

De águas passadas,

Brumas da existência,

Sonhos que, inconclusos

Se deixam perecer...

Calo-me

No silêncio do tempo e do vento.

Na escuridão de noites insones,

Angústia de amor não correspondido

E as tantas vezes que naufraguei.

Espero

Tudo e nada

Indo a lugar nenhum

E estando em todos os lugares

'Inda que em sonho ou pensamento...

Vivo

Em mundos só meus

Sonhando com os teus

Tentando unir sonhos incompatíveis.

Teus sonhos não são meus!

Quisera eu que fossem,

Posto que amo-te.

Mas definitivamente não são!

E fico nessa solidão,

Mesmo com teu amor.

Sonho

Que estendas-me a mão

E venhas juntar teus sonhos

Para plantarmos estrelas no chão do amor

E colher dos céus as flores da vida.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 22/09/2012
Código do texto: T3894959
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