Moinhos.
Moinhos
De águas passadas,
Brumas da existência,
Sonhos que, inconclusos
Se deixam perecer...
Calo-me
No silêncio do tempo e do vento.
Na escuridão de noites insones,
Angústia de amor não correspondido
E as tantas vezes que naufraguei.
Espero
Tudo e nada
Indo a lugar nenhum
E estando em todos os lugares
'Inda que em sonho ou pensamento...
Vivo
Em mundos só meus
Sonhando com os teus
Tentando unir sonhos incompatíveis.
Teus sonhos não são meus!
Quisera eu que fossem,
Posto que amo-te.
Mas definitivamente não são!
E fico nessa solidão,
Mesmo com teu amor.
Sonho
Que estendas-me a mão
E venhas juntar teus sonhos
Para plantarmos estrelas no chão do amor
E colher dos céus as flores da vida.