ESTA MULHER
Esta mulher que, eternamente,
me chega com a primavera
e parte no outono
(e sempre parte e sempre volta)
esta mulher que não sei o que sente,
que ainda me deixa sem sono
e se arrisca ao dizer que me ama,
depois me magoa e se solta
pelo mundo, como se o que era
já não mais possa ser...
Esta mulher, que no dia seguinte
me leva prá cama
e desaparece no bolero do amanhecer.
Esta mulher ainda me enlouquece,
do jeito como estou, a meio caminho.
Deu-me filhos, deu-me tristezas,
quando raivosa, finge que esquece.
Vive louca, plena de incertezas,
perde-se na eventualidade de um carinho,
resiste numa poderosa sina,
ama o verso, a poesia e se nega
à essência. Permitida, termina
só. É ela feito o que não é,
nem nunca foi, mas morre em pé.
Esta mulher, de tantos rostos e desgostos,
amarei descuidadamente
por toda a vida.
Esta mulher que, eternamente,
me chega com a primavera
e parte no outono
(e sempre parte e sempre volta)
esta mulher que não sei o que sente,
que ainda me deixa sem sono
e se arrisca ao dizer que me ama,
depois me magoa e se solta
pelo mundo, como se o que era
já não mais possa ser...
Esta mulher, que no dia seguinte
me leva prá cama
e desaparece no bolero do amanhecer.
Esta mulher ainda me enlouquece,
do jeito como estou, a meio caminho.
Deu-me filhos, deu-me tristezas,
quando raivosa, finge que esquece.
Vive louca, plena de incertezas,
perde-se na eventualidade de um carinho,
resiste numa poderosa sina,
ama o verso, a poesia e se nega
à essência. Permitida, termina
só. É ela feito o que não é,
nem nunca foi, mas morre em pé.
Esta mulher, de tantos rostos e desgostos,
amarei descuidadamente
por toda a vida.