Entrega à Carne

Na beirada da rua

O cidade se peneirava

Em grãos cada vez

Mais educados como

Se aridez fosse um pecado...

E vestido em corpo

De Jesus, mas cabelo

De piaçava, Edvaldo

Tomava sua cachaça

E rezava de vela armada;

Uma multidão de sonâmbulos

Vagava na padaria e no

Banco bradesco, cheio

De finura e fogo

Como se no cofre

Morasse o inferno

E as mulatinhas, de petinhos

Duros, arrebitados para o mar

Percebessem que a vida é breve

E logo... é preciso amar, é preciso

Se entregar não a Deus, porque

Esse está longe, mas pra carne

Que já cheira fruta madura....

E já pula, pula pula pula