Prisioneiro de si mesmo
Eterna loucura
A cura do que quer ser
E ver no futuro
Um furo a rever
Verter a amargura
A agrura do ter que ter
Reter a sonhada soltura
Dura pra sempre o sofrer
Frenética é a busca
Ofusca a não mais poder ver
Verdade que se quer ter.
Eterna procura
Perdura até o fim chegar
Jogar até não poder mais
Faz dó ver o ser assim
No fim, mas se sustentando
Andando como um zumbi
Subindo ao Calvário em fé
De pé, mas sem ver o pó
Ser só já não dói, não mais
Faz parte do jogo errar
Ganhar se puder, a morte
Com sorte sem dor, em paz.
Voltar pra onde não sei
Errei ao pisar na estrada
Cansada de ir e vir
Seguir pra onde não quero
Espero encontrar alívio
E vivo buscando a cura
Na dura estrada do tempo
Lamento saber andar.