SÚPLICA OCIDENTAL
Veja a anaconda de aço que sai do nosso quintal,
fazendo estardalhaço, leva no dorso o metal.
Seguindo o rio, de encontro ao mar,
no desafio, sabe bem onde chegar.
Pelo solo brasileiro,
leva a esperança e a ilusão,
poderoso trem cargueiro,
sempre cortando o sertão.
Vai pro estrangeiro, leva meu pico,
deixando crateras imensas, e nuvens densas,
e eu como fico, sem ter saída,
em silêncio, apenas rezo e suplico.
Fontes que secam, rios que não correm mais,
mas de que importa a água e a vida,
a fauna e a flora nessa imensa corrida
onde a ganância, a cada dia se refaz.
Saulo Campos- Itabira MG