SÚPLICA OCIDENTAL

Veja a anaconda de aço que sai do nosso quintal,

fazendo estardalhaço, leva no dorso o metal.

Seguindo o rio, de encontro ao mar,

no desafio, sabe bem onde chegar.

Pelo solo brasileiro,

leva a esperança e a ilusão,

poderoso trem cargueiro,

sempre cortando o sertão.

Vai pro estrangeiro, leva meu pico,

deixando crateras imensas, e nuvens densas,

e eu como fico, sem ter saída,

em silêncio, apenas rezo e suplico.

Fontes que secam, rios que não correm mais,

mas de que importa a água e a vida,

a fauna e a flora nessa imensa corrida

onde a ganância, a cada dia se refaz.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 21/09/2012
Código do texto: T3893012
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