# DOS CABELOS AINDA NEGROS COMO A NOITE
E Amanheceu dias desses, balzaquiana.
Deixou a infância e adolescência para trás.
Perguntou-se o que a dar de sua nova faceta.
Tinha ela mesma a resposta: Mais, muito mais.
Afinal as incertezas ficaram na distancia
Minguando aos poucos aquele ar juvenil.
O rosto toma então a forma de pantera.
e se lança no amor como nunca se viu.
Dai que se vão brinquedo mais simplórios.
Toma corpo secretas e adultas brincadeiras
No corpo que um dia mostrou fragilidade.
E que continua frágil pra alguma bobeira.
Busca o prazer, mas foge da natalidade.
E por causa de um, a outra encontrou.
A balança pendeu pro lado contrario.
A partir dai, foi que viu: Tudo mudou!
E na trinca de décadas, a reflexão e comum,
As lagrimas são secas, não fazem coro ao choro.
a liberdade chegou rápido e depressa se foi.
a cantilena e confundida com sofrível agouro.
Os olhares masculinos serão bem mais múltiplos.
Menos que o triplo dos problemas sentimentais,
Agulhas no palheiro assim virão seus amores.
E por entre as flores, espinhos serão muito mais.
E para não mergulhar no profundo mar negro,
Das desilusões amorosas e prazeres alheios.
Nos ímpetos que vem de calor abrasador.
Terá que puxar com toda força os freios.