# DOS CABELOS AINDA NEGROS COMO A NOITE

E Amanheceu dias desses, balzaquiana.

Deixou a infância e adolescência para trás.

Perguntou-se o que a dar de sua nova faceta.

Tinha ela mesma a resposta: Mais, muito mais.

Afinal as incertezas ficaram na distancia

Minguando aos poucos aquele ar juvenil.

O rosto toma então a forma de pantera.

e se lança no amor como nunca se viu.

Dai que se vão brinquedo mais simplórios.

Toma corpo secretas e adultas brincadeiras

No corpo que um dia mostrou fragilidade.

E que continua frágil pra alguma bobeira.

Busca o prazer, mas foge da natalidade.

E por causa de um, a outra encontrou.

A balança pendeu pro lado contrario.

A partir dai, foi que viu: Tudo mudou!

E na trinca de décadas, a reflexão e comum,

As lagrimas são secas, não fazem coro ao choro.

a liberdade chegou rápido e depressa se foi.

a cantilena e confundida com sofrível agouro.

Os olhares masculinos serão bem mais múltiplos.

Menos que o triplo dos problemas sentimentais,

Agulhas no palheiro assim virão seus amores.

E por entre as flores, espinhos serão muito mais.

E para não mergulhar no profundo mar negro,

Das desilusões amorosas e prazeres alheios.

Nos ímpetos que vem de calor abrasador.

Terá que puxar com toda força os freios.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 20/09/2012
Reeditado em 22/06/2021
Código do texto: T3892523
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.