FIO DE NAVALHA
Leve minha vida montanha,
mas leve bem devagar,
por esses trilhos, beirando o rio,
minha alma vai navegar.
Leve minha poesia,
para quem quiser cantar,
leve meus versos , pelo universo,
pro outro lado do mar.
Poesia que canto como se fosse,
uma criança que corre,
mas sua esperança morre
de sede à beira do Rio Doce.
Leve montanha essa minha agonia,
enquanto cato a migalha,
e por encanto meu canto em silêncio,
corta tua pele, feito o fio da navalha.
Saulo Campos- Itabira MG