FIO DE NAVALHA

Leve minha vida montanha,

mas leve bem devagar,

por esses trilhos, beirando o rio,

minha alma vai navegar.

Leve minha poesia,

para quem quiser cantar,

leve meus versos , pelo universo,

pro outro lado do mar.

Poesia que canto como se fosse,

uma criança que corre,

mas sua esperança morre

de sede à beira do Rio Doce.

Leve montanha essa minha agonia,

enquanto cato a migalha,

e por encanto meu canto em silêncio,

corta tua pele, feito o fio da navalha.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 20/09/2012
Código do texto: T3892485
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