REFLEXÕES

Volto sempre ao que sugere
origens, na busca de uma resposta.
Submeto meu coração a verdades
que possam repetir as horas perdidas.
Tudo inútil.
A vida passou.
Eu continuo preso ao passado.
Ainda sou, mais do que fui,
menos do que deveria,
me diz a inquieta consciência.
Lambo as feridas,
extraio a ponta da lança que fere,
afasto os lobos famintos.
Foi uma luta ou apenas a inocência
numa ingênua e doce aposta
em busca dos primeiros instintos?
Explicação fútil.
Talvez o amor seja apenas uma alegoria
próxima demais das insanidades
e dos descuidos próprios do alado
coração dos amantes. Meu peito intui
o que já não sou.

Racionalidade ou medo,
é o que me pergunto.
De mim o maior segredo
é querer da amada viver junto.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 20/09/2012
Reeditado em 31/07/2014
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