Ribeiro Cantador
Junto ao ribeiro cantante do vale
Sentada sobre as ervas luzidias
Ela embalava seus sonhos
Com a face iluminada, risonha.
Depois ela se deitava
Com as mãos em cruz sobre o peito
Ia fechando os olhinhos
E ao sono se entregava
Eu velava e velava,
Minha bela adormecida
Embrenhado entre os espinhos
Que me feria o peito
Sonhava eu ser o sonho
A relva verde macia
O ribeiro cantador
E o invejado sono
Aos quais ela se entregava
Assim fechando os olhinhos