Soneto de Maíra

Eis aqui o teu poeta são e salvo, vivo;

Amada minha do meu amor marítimo,

Encharcado de sonhos, do mar íntimo;

Aqui o teu poeta, neste poema efusivo,

Debruça-se sobre as letras, cativo

E insiste, desaforado, em ser lírico;

Vivendo a vida em versos, impulsivo,

Espalhando no ar esse amor empírico;

Eis o teu amador como uma ostra aberta,

Com uma coleção de sentimentos,

Na remissão do estado de poesia;

Agora, com o nó que a paixão aperta,

Uniu as palavras que colheu nos ventos

E enfim teu poeta escreveu um novo dia.

Felipe Melo
Enviado por Felipe Melo em 10/02/2005
Código do texto: T3889