Soneto de Maíra
Eis aqui o teu poeta são e salvo, vivo;
Amada minha do meu amor marítimo,
Encharcado de sonhos, do mar íntimo;
Aqui o teu poeta, neste poema efusivo,
Debruça-se sobre as letras, cativo
E insiste, desaforado, em ser lírico;
Vivendo a vida em versos, impulsivo,
Espalhando no ar esse amor empírico;
Eis o teu amador como uma ostra aberta,
Com uma coleção de sentimentos,
Na remissão do estado de poesia;
Agora, com o nó que a paixão aperta,
Uniu as palavras que colheu nos ventos
E enfim teu poeta escreveu um novo dia.