JEITOS DE AMAR
De que adianta fazer-me mil juras e planos de amor,
Se quando contigo as palavras se esvaem,
E só me restam os olhos que em ti fixos umedecem a dor,
Da mudez inconstante, por palavras que de minha boca não saem.
Ah! Recostar meus olhos cálidos ante teu corpo,
Delirando aos poucos com os desejos meus,
E aproximar-me ávido, mas também pouco a pouco,
Beijando-te e antepondo meus lábios ante os teus.
Depois, num gesto doce tocar-te a face,
E lentamente descobrir cada curva de teu corpo,
E deixar brotar um sorriso, como mágica, num único passe,
Para desculpar-me por mais uma vez parecer-me louco.
Agora novamente distante e bastante sagaz refazendo as juras
E delirando ao relembrar-te falar de amor.
Para encarando a mudez inconstante que não procuras,
Da mesma forma, demonstrar-te do amor, todo ardor.