POESIA II
Licença poética, dialética, epilética
Antiética, patética
Talvez eu não saiba o siguinificado de todas essas “éticas”
Talvez eu nem seja poeta de fato
Mas sim um diguino “Medalhão” ao estilo de Machado
Apenas tenho sorte de colar o barro na parede
Quando escrevo cada linha tracejada
Ejaculo, vomito, e escarro o que se passa em minha mente
Não faço filtro de pensamento como os grandes poetas
Não me enquadro em Solano
Nem me enquadro em Baraka
Muito menos em Bukowiski
Não tenho estilo definido
Não pertenço a momento histórico
Não sou de nenhuma vanguarda de tendência
Sou apenas um gaiato, tirado a imortal
Querendo estar vivo entre os versos escritos
E os amores sofridos
Como um velho marinheiro me tombo pelas pedras
Navego no mar de minhas idéias
Às vezes naufrago em alguma poça
Mas depois consigo nadar e chegar à borda