POESIA II

Licença poética, dialética, epilética

Antiética, patética

Talvez eu não saiba o siguinificado de todas essas “éticas”

Talvez eu nem seja poeta de fato

Mas sim um diguino “Medalhão” ao estilo de Machado

Apenas tenho sorte de colar o barro na parede

Quando escrevo cada linha tracejada

Ejaculo, vomito, e escarro o que se passa em minha mente

Não faço filtro de pensamento como os grandes poetas

Não me enquadro em Solano

Nem me enquadro em Baraka

Muito menos em Bukowiski

Não tenho estilo definido

Não pertenço a momento histórico

Não sou de nenhuma vanguarda de tendência

Sou apenas um gaiato, tirado a imortal

Querendo estar vivo entre os versos escritos

E os amores sofridos

Como um velho marinheiro me tombo pelas pedras

Navego no mar de minhas idéias

Às vezes naufrago em alguma poça

Mas depois consigo nadar e chegar à borda

Raphael MUKUMBI Lisboa
Enviado por Raphael MUKUMBI Lisboa em 18/09/2012
Reeditado em 19/09/2012
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