Confissões ao Vento



Confesso
diante a cruz benta...

Que me derreto diante o pérfido 

Tal como vela nascida do resto

Das tantas velas acesas em escondidas capelas


Onde buscava o perverso a redenção...

E depois de se levantar...

Sorria sínico da canção

Que acabara de entoar...


Confesso diante a cruz e os santos

Que bebo desgraça ao dia

E a noite diante ao pueril clero

Escondo as nodoas entre mantos...


Há quem me viu estrigar a culpa?

Muitos irão dizer que sim...

Pois vivi do amor de Zumbaeiros...


Mas imaginem tão seguro de si

Não ter orgulho em ao beber da desgraça

rugir como leão em caça 

E em derrota arrancar os cabelos...


Não me viram a vela do altar derretida...

Muito menos a hóstia sagrada 

Que é sufocada e desintegrada por uma vil língua

Feita de carne, sangue e mentira


Há!.. Bela visão... Uma grande sombra poética...

Acreditem-me, pois...

Fui apenas a canção da dança escalafobética 



Magister (Luana Thoreserc)

Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 17/09/2012
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