As peias do efêmero

Todo esse pouco tempo

e o que passou foi vida que restou

Despercebida

Descabida em tanta vazão de parcas alegrias

Assistidas por ideais passados a ferro

Nero queimando cidadelas de amianto

Tão breve pude ter o universo em minhas silábicas mãos

enquanto se ouvia monocórdio coro

dos lamentos docimásticos

Essa aurora permissiva

me deixou partir junto à esperança suave

tão carente de realidades e pétalas

Sonhos

revoada de verdelhões

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 30/07/2005
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