Banquete dos Parasitas
Banquete dos Parasitas
Deitado à pedra o corpo ainda doente
Vermes à espreita com fome velam
Breve e farto banquete eles esperam
Dentre tantos presentes concorrentes
Falsetas carpidas que se atropelam
Em lágrimas hipócritas indiferentes
E a alma desencarnada aflita chora
Inconformada com tão cedo partida
Protestando regresso triste implora
Seu retorno à matéria apodrecida
E o grupo dos vermes comemora
E a herança em ganância é dividida
Olvidam que também terão sua hora
De partirem e exaurirem suas vidas