FIEL AMIGO

Na vivenda junto ao portão

Quando alguém por ali passava

Ouvia o seu vozeirão

E prontamente se afastava

Certo dia perdendo o medo

Na boca lhe pus a minha mão

Dizendo-lhe o meu segredo

Guardado em meu coração

Logo o afago retribuiu

De pronto a mão me beijou

Minha presença consentiu

De minha amizade gostou

Fui-me embora em mim levando

Para sempre a recordação

Anos mais tarde regressando

Não o avistei ao portão

Chamei-o com o assobio

Que ele tão bem conhecia

Mas na casa junto ao Rio

Sinal dele já não havia

Saio do carro e de pronto

Ei-lo em grande saudação

Festejando o nosso encontro

Com uma grande satisfação