vontades
Correm meus pensamentos de um lado para o outro
No silencio do meu quarto.
De minha cama, ao lado da janela vejo o céu,
Olhar o céu seria um tédio, não fossem as nuvens.
São elas que embelezam a monotonia do infinito.
Olho pras paredes, olho os livros na estante, eles estão em silêncio
Os livros só fazem sentido nas mãos e nos olhos de alguém
Na estante eles não dizem nada, estão mudos ...
Alguns livros me entendem, alguns livros tem vontades, como eu.
Os livros, tem vontade de serem descobertos.
E eu tenho vontade de descobrir-te...
Mas a vontade é uma coisa inútil
A vontade é um buraco no estômago.
Nesse momento você nem sabe que penso em você
Você está alheia a mim.
Esse silêncio é tudo que me preenche
Logo chegará mais gente na casa, o silencio se desfará.
Mas minha vontade continuará a rodar em meu estomago
Eles não saberão que minha vontade de você está comigo
Eu tenho tanto pra lhe falar...
Mas tudo são vontades,
Vontades, vontades, que se dissolvem em mim...
Como um bocado de algodão doce que enche a boca
E não sacia o estomago.